Você já ouviu falar em open banking? Estamos vivendo na era da informação e esse compartilhamento de dados permite que nossas vidas sejam cada vez mais facilitadas pelas tecnologias e os benefícios que elas trazem.
Hoje, o Brasil tem um dos melhores sistemas bancários do mundo, com altos investimentos em inovação e melhorias, sendo que nos últimos tempos, o mercado financeiro tem seguido uma linha de simplificação.
É claro que, ao falarmos sobre esse termo, você pode pensar apenas nos bancos digitais, mas o conceito de open banking vai além disso. Ao longo deste post vamos falar um pouco mais sobre os benefícios que ele pode trazer para você e sua empresa. Confira!
O que é open banking?
Antes de mais nada, precisamos conceituar o termo open banking. A palavra da língua inglesa que significa banco aberto, representa a abertura das informações bancárias de um usuário de acordo com a sua autorização.
Os principais agentes dessa novidade são os bancos digitais, como o Nubank, porém, hoje, temos uma série de empresas financeiras de tecnologia, as chamadas fintechs, que não apenas utilizam essas informações, mas são as principais consumidoras de dados bancários.
Até mesmo os bancos tradicionais, que vinham perdendo espaço para o digital, passaram a também utilizar essa tecnologia para trazer novidades e novos produtos para seus clientes.
Podemos dizer que o open banking é um sistema interno brasileiro que muda a forma como as empresas financeiras e o próprio usuário acessam e compartilham seus dados.
A partir da autorização do cliente, bancos e demais prestadoras de serviços financeiros deverão compartilhar as informações do usuário, seja pessoa física ou jurídica, com as demais empresas que ele consentir.
Antes desse novo modelo, as instituições financeiras concentravam as informações de seus clientes, de forma que as demais instituições não tinham acesso a esses dados, que eram privados, mesmo pertencendo ao usuário.
Agora, como o usuário é, reconhecidamente, o dono de sua informação, ele pode, por meio de autorização, compartilhar esses dados com quem bem entender e fizer parte da rede do open banking.
A principal ideia por trás desse novo movimento de abertura de dados é promover a livre concorrência entre as instituições financeiras, permitindo que todos possam atrair novos clientes com taxas e serviços atrativos.
O processo de implementação ocorrerá até o final de 2021, sendo que hoje já temos diversas instituições financeiras participando.
Como o open banking funciona
O novo modelo permite que o cliente autorize o compartilhamento de seus dados financeiros, nas instituições que utiliza com outras empresas que farão uso dessas informações.
Por exemplo, um aplicativo de finanças, que faça controle de gastos, ter acesso à conta bancária de um usuário e suas movimentações financeiras facilita esse controle e melhora a experiência.
Da mesma maneira, um bom histórico de movimentação em uma instituição bancária pode ser compartilhado com outros bancos, permitindo assim acesso a serviços e produtos diferenciados.
Esse compartilhamento de dados, claro, demanda da autorização do usuário, que permite que uma instituição envie suas informações para outra.
No fim, o usuário terá muito mais controle acerca de seus dados, afinal, pertencem a ele e não ao banco.
Quais as mudanças esperadas
Por mais que possa parecer algo simples a princípio, muita coisa mudará com a adoção do open banking, permitindo uma maior competição entre as instituições bancárias e o surgimento de novos negócios. Separamos algumas das principais mudanças, confira!
As instituições participantes
Todas as empresas que queiram participar do open banking e ter acesso a dados financeiros de seus usuários terão de ser autorizadas pelo Banco Central, o órgão do governo que vem realizando a organização do ecossistema.
No entanto, dentro desse universo de instituições, existem algumas empresas que podem aderir de forma voluntária enquanto que outras estão previstas a operar o open banking de forma obrigatória.
Isso tudo dependerá do porte da instituição, a utilização dos dados e o papel da empresa dentro do setor bancário brasileiro. Os grandes bancos, por exemplo, tem sua participação obrigatória no compartilhamento de dados.
O impacto na sociedade
Com a implantação do open banking, temos uma variedade de novos modelos de negócio possíveis, sendo que várias empresas que antes não tinham acesso à informação, agora pode ofertar produtos e serviços.
Isso traz um impacto direto sobre todo o sistema financeiro e também sobre a vida do cidadão, que conta com mais oportunidades e melhores taxas e serviços.
Além disso, a possibilidade de compartilhar dados com aplicativos de controle de gastos, milhagens, e outras plataformas e sistemas traz um crescimento da consciência financeira da população.
APIs abertas
APIs são protocolos de comunicação em tecnologia que já existiam antes do open banking e foi uma das soluções encontradas para realizar a ponte e o compartilhamento de dados entre instituições.
Por conta da necessidade de uma comunicação integrada, o que veremos nos próximos meses, é a busca por uma padronização, para que consultas e compartilhamentos possam fluir de uma maneira mais rápida.
Quais os principais benefícios do open banking
Existem vários benefícios da utilização do open banking para os usuários e também para as empresas. Vamos listar alguns deles:
- liberdade: o usuário pode compartilhar seus dados com qualquer empresa financeira que queira, reduzindo o controle das instituições sobre os dados;
- autonomia: ao migrar de uma instituição para outra, o usuário pode levar seu histórico, deixando de ser refém de um banco;
- redução de custos: APIs abertas e integradas permitem que não haja intermediários e os custos de implantação de open banking em uma empresa sejam menores;
- competitividade: com informação livre, empresas menores e bancos digitais se tornam ainda mais atrativos para os usuários e a competição no mercado aumenta;
- possibilidade de novos negócios: diversas empresas podem surgir para dar suporte a esse ecossistema e utilizar-se de seus dados.
O open banking é uma iniciativa de inovação muito interessante que pode não apenas modernizar o sistema bancário brasileiro, como também permitir que novos negócios e oportunidades surjam e gerem renda e empregos.
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