Você já parou para pensar na evolução dos jogos nos últimos anos? A nível de comportamento e interação, eles estão cada vez mais inteligentes e realistas. Isso acontece porque todos os jogos, seja em maior ou menor escala, utilizam alguma forma de Inteligência Artificial (IA).
Os jogos utilizam Inteligência Artificial para tornar a atividade ainda mais desafiadora para o(a) jogador(a) que está do outro lado da tela. Saiba neste artigo qual é a importância da Inteligência Artificial nos jogos.
O que é Inteligência Artificial?
O cientista da computação, John McCarthy, foi responsável por cunhar em 1956, o termo “Inteligência Artificial”, definindo-o como “a ciência e engenharia capaz de construir máquinas inteligentes”.
Outro relatório assinado por 52 pesquisadores e chamado de “Mainstream Science on Intelligence” afirma que o conceito de inteligência está ligado a capacidade mental de racionar, planejar, resolver problemas, pensar de forma abstrata, compreender ideias complexas, aprender de forma rápida e também a partir de experiências.
De forma simples, podemos afirmar que a IA pode ser aplicada a máquinas e seres humanos, estando relacionada a capacidades, em sua maior parte, predominantemente humanas.
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Como a Inteligência Artificial se relaciona com os games?
Antes de mais nada, é importante dizer que a IA utilizada nos games, é diferente da IA acadêmica – que tem como função resolver problemas complexos, enquanto a IA utilizada nos games busca oferecer uma experiência mais lúdica e realista para os(as) gamers.
Tudo começou em 1961, quando o primeiro jogo eletrônico interativo foi construído e desenvolvido por um estudante do MIT, chamado Steve Russel. No Spacewar, duas pessoas controlavam tipos diferentes de espaçonave que deveriam combater entre si. Após isso, muitos outros jogos foram construídos e passaram por melhorias. Um exemplo disso são os jogos Pursuit e Qwak, que começaram a utilizar (de forma tímida) a IA por meio de padrões em movimento.
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A evolução da aplicação da IA nos jogos
Antes de aplicar Inteligência Artificial nos jogos, os personagens tinham orientações precodificadas, tornando o game bastante previsível para as pessoas jogadoras. A IA é utilizada, pois permite introduzir comportamentos complexos em indivíduos computadorizados, o que torna a experiência dos jogadores ainda mais realista e positiva.
Utilizando redes neurais (RNA) é possível processar grandes conjuntos de dados que irão ajudar a compreender padrões e comportamentos específicos, analisando o movimento dos jogadores e gerando uma resposta de acordo com isso.
Reunimos alguns exemplos de jogos que marcaram a época e que passaram por evoluções na aplicação da Inteligência Artificial. Confira abaixo:
- Em Pursuit e Qwak (1974), a IA foi aplicada em padrões de movimento – jogadores atiravam em alvos móveis;
- Já em Gun Fight (1975), os personagens tinham movimentos aleatórios – também foi utilizado IA com padrões em movimento. Ele foi executado em microprocessador e tinha maiores possibilidades de aleatoriedade e computação;
- O famoso, Pac-man (1980), também utiliza IA, já que a cada nova fase os fantasmas que tentam te atacar se tornam mais espertos – também foi utilizado padrões em movimento. Eles aparentam ter sua própria personalidade;
- O clássico game de PC, Doom (1993), é lançado como o pioneiro em jogo de tiro em primeira pessoa e aplica IA por meio de Máquina de estados;
- BattleCruiser: 3000AD (1996), chega com a posição de primeiro jogo a utilizar redes neurais em games comerciais.
- Half-life (1998), se torna o melhor jogo com IA até o momento, utilizando scripts.
- O queridinho, The Sims (2000), ganha destaque pela profundidade emocional de seus agentes inteligentes e sua implementação emprega FuSM.
A partir disso, os jogos começam a demonstrar seu potencial em nível de autonomia, habilidade social, reatividade e proatividade. Muitas outras mudanças passam a acontecer e novos jogos são colocados no mundo. Esperamos que você tenha gostado do artigo. Para ficar por dentro de mais conteúdos como este, siga as nossas redes sociais.
