Se você deseja acompanhar as mudanças tecnológicas que ocorrem a todo instante, deve ficar atento ao crescimento da inteligência artificial (IA) no Brasil. Esse conceito é um dos mais proeminentes na revolução tecnológica em que vivemos, protagonizando diversas tendências e ajudando na evolução de outras.
O conceito de IA está associado ao de Big Data e, por isso, é relevante para empresas de todos os tipos que desejam analisar grandes quantidades de dados e aprender com eles. Entre as aplicações, existe a possibilidade de prever o futuro, inclusive.
No Brasil, não é diferente. Estamos vivenciando um mercado cada vez mais aquecido e atento ao poder da IA. Estima-se que essa tecnologia influencie em todos os segmentos e gere mudanças significativas, até mesmo, no PIB geral. Por essa razão, é fundamental entender o que o futuro trará e como se preparar para ele.
Se quiser saber mais, acompanhe os tópicos que apresentarei a seguir.
Panorama da IA no Brasil e no mundo
Certamente, um dos grandes destaques da inteligência artificial no Brasil como ferramenta é a sua versatilidade. Ela pode ser aplicada com sucesso em projetos grandes e menores, em empresas de quaisquer segmentos.
Ainda estamos no começo do entendimento da tecnologia, e a evolução está acontecendo muito rápido. Contudo, já sabemos que, com finalidades e propósitos distintos, as companhias conseguem extrair valor dos algoritmos inteligentes e aplicar ao seu contexto para gerar resultados reais.
No nosso país, muito ainda tem que ser feito, mas já estamos no caminho. Empresas mais antigas estão investindo, e startups recentes já nascem com foco nessa área. O AI Readiness Index, da Oxford Insights, colocou o Brasil em 40º em um ranking de 192 países, no que diz respeito a soluções dessa tecnologia.
O banco de investimento Bank of America Merrill Lynch previa que, em 2020, a movimentação mundial no campo da IA chegasse a US$152,7 bilhões. No Brasil, a DuckerFrontier argumenta que a adoção dessa tecnologia poderia fazer o PIB crescer 7,1% ao ano em 2030, cerca de quatro vezes mais do que a projeção desconsiderando a IA. Tudo isso, claro, pode ser afetado pela pandemia do coronavírus.
Sistemas de recomendação
No Brasil, temos visto isso ocorrer com sistemas de recomendação, por exemplo. Lojas, e-commerces e marketplaces já adotam esses algoritmos para predizer o que um consumidor vai desejar, com base em usuários parecidos ou com seu próprio histórico de compra e visualização. Dessa forma, há uma abordagem mais precisa, com filtragem do que realmente interessa para os clientes.
A inteligência artificial funciona ao analisar um mar de dados — que inclui histórico e dados de preferência de cada usuário — e gerar pesos probabilísticos para determinadas ofertas, permitindo que a empresa opte pelas mais prováveis. O sistema detecta padrões e realiza correlações entre diferentes bases para entender melhor cada cliente.
Ações de marketing e vendas
Também temos assistido muitas equipes de marketing e vendas aplicando IA em suas estratégias. Ao usar análise de dados, Data Science e Business Intelligence, elas são capazes de otimizar suas campanhas e aperfeiçoar o posicionamento da marca diante de seus compradores. É possível conhecer melhor os consumidores e prever o sucesso de uma campanha específica.
O mundo agora é Data Driven, uma vez que sabe o poder de analisar dados em tempo real para decisões mais acertadas. As organizações não podem mais perder tempo com palpites intuitivos, mas devem estudar as condições e estruturar ações fundamentadas, com a certeza de sucesso antes mesmo que sejam executadas.
Chatbots
Outra aplicação massiva no nosso país e no resto do mundo é a dos chatbots. Os atendentes virtuais aproveitam o sucesso já crescente do uso de assistentes virtuais nos smartphones dos usuários e tornam possível o atendimento eficiente e proativo durante 24/7.
Ou seja, esses sistemas respondem dúvidas e solucionam problemas reais a qualquer momento do dia. Podem, inclusive, redirecionar a conversa para outros colaboradores em casos complexos.
As companhias ganham com escalabilidade e disponibilidade, assim como com precisão. Esses sistemas não erram nem ficam cansados, portanto, entregam a mesma qualidade de maneira consistente, em qualquer momento. Eles também se comunicam com outras aplicações e mantêm históricos mais fáceis de acessar para outros funcionários.
Automação
Em outros contextos, a automação tem desempenhado um papel importante, também. Os algoritmos de IA são inseridos no ambiente de trabalho para lidar com tarefas repetitivas e volumosas, a fim de reduzir o tempo de trabalho e os custos associados. Desse modo, gestores ganham pessoas livres para trabalhos criativos, de gestão e de inteligência.
A IA não é mais encarada como uma questão de TI ou responsabilidade dos profissionais e líderes dessa área. Tornou-se uma aliada do negócio como um todo, principalmente das áreas mais estratégicas.
Com a transformação digital, as tecnologias assumem um papel central, e todos os processos são estruturados de acordo com elas. Isso inclui foco em digitalização, automação e integração de dados.
O que esperar da IA no futuro?
Como a inteligência artificial vai continuar gerando valor para as empresas? Explicarei, a seguir.
Otimização da gestão de ativos
Outra questão é uma gestão mais consciente dos ativos. Com o apoio da internet das coisas e de sensores sem fio, a IA permitirá analisar os equipamentos, monitorar suas condições e estabelecer previsões sobre o estado deles, a fim de conduzir reformas e manutenções preditivas. Dessa forma, a empresa perde menos com custos de reparos de correção e gargalos operacionais.
Processamento de imagens e linguagem natural
No futuro, continuaremos observando a IA evoluindo na subárea do processamento de imagens e de linguagem natural. Teremos sistemas mais capazes na computação visual, bem como na compreensão de textos e de sentimentos associados aos textos.
Isso vai gerar mais valor para os usuários e viabilizar a criação de ferramentas avançadas para facilitar a solução de problemas. Por exemplo: chatbots mais precisos.
Segurança
Com a capacidade de predição, muitas corporações vão aproveitar para investir em inteligência para a segurança. Ou seja, será viável monitorar movimentações de rede e operações, em busca de fraudes e indícios de ataques virtuais. Tudo funciona com base na identificação de padrões suspeitos e na mitigação de ações prejudiciais já no começo.
Deep learning
O machine learning está crescendo, mas essa subárea do ML tende a ganhar mais força. O deep learning consiste em utilizar redes neurais e algoritmos ainda mais completos para analisar problemas e gerar pesos probabilísticos.
Em vez de apenas alguns nós, os sistemas aplicam redes de nós para entender e buscar padrões, a fim de aprender. Esse fator vai impulsionar aplicações na computação visual, no processamento de linguagem e nas análises preditivas.
IA e computação quântica
A computação quântica surgiu para potencializar a capacidade de análise dos computadores. Com seu paradigma, esses sistemas serão capazes de investigar múltiplas possibilidades ao mesmo tempo, muito além do 0 ou 1, somente. Isso vai gerar um aprendizado mais rápido e efetivo.
A inteligência artificial ainda está começando a operar e gerar resultados no Brasil e no mundo. Contudo, se bem aplicada, vai evoluir para um cenário frutífero e poderoso para inovação e aproveitamento de oportunidades de mercado para as empresas. Como ela cresceu rapidamente, é interessante acompanhar cada ponto e entender para onde a tecnologia está rumando.
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