A economia digital é fortemente fragmentada em diversos nichos de mercado, sendo cheia de oportunidades e possibilidades. Isso porque a internet confere uma infinidade de formas para as empresas encontrarem seus clientes — bem como diversos caminhos para que os consumidores descubram as suas soluções. Nesse novo momento, a adaptação não é mais um diferencial, mas uma necessidade.
Quando falamos nesse conceito, estamos abarcando diversas frentes, como mudanças nas relações de consumo, surgimento de novos mercados e uma revolução nas formas de produção, comercialização e distribuição. Então, em uma análise pormenorizada, chegamos às tecnologias que fazem parte desse fenômeno, como as de análise de dados e as infraestruturais.
Se quiser saber mais sobre esse assunto de extrema relevância, além de obter um guia para inovação e adaptação às novidades tecnológicas, acompanhe o artigo a seguir.
1. O conceito de economia digital
O termo “economia digital” descreve um novo momento em que as tecnologias são cruciais para a produção em inúmeros segmentos. Define uma tendência do mundo todo em se alinhar às novas ferramentas e ao digital, o que cria demandas, oportunidades e desafios.
Assim, está fortemente relacionado com a ideia de transformação digital, em que as tecnologias assumem um papel central na sociedade. Podemos analisar essa definição em dois principais conceitos relacionados e diversos pilares.
Neste tópico, vou analisar os subconceitos de mudança nas relações de consumo e no surgimento de novas empresas.
Mudança nas relações de consumo
Um dos aspectos da economia em moldes digitais é uma total revolução nas formas e relações de consumo. Isso acontece porque as pessoas mudaram totalmente com o surgimento de novas ferramentas, como a internet.
A web dá a elas a capacidade de criar conteúdo sobre qualquer tópico que desejam, bem como se reunir com amigos em comunidades virtuais. Esses comportamentos eram inviáveis antes.
Nesses espaços, cada indivíduo tem autonomia para gerar influência sobre os outros e criar discussões. Além disso, cada usuário se comporta diferente como consumidor: ele tem nas mãos um leque infindável de informações sobre produtos e soluções a qualquer momento.
Ou seja, eles têm mais opções de compra. Por essa razão, a forma como as empresas enxergam a relação também mudou: é preciso ser mais centrado no cliente e em suas preferências, pois perdê-lo para a concorrência é muito mais fácil.
Essa questão também inclui utilizar ferramentas modernas e tecnológicas a fim de satisfazer melhor essas pessoas. Assim, as companhias se esforçam para mudar seus processos, bem como investir em modernização e personalização da mensagem e dos produtos ou serviços, de modo a oferecer mais valor.
Surgimento de novas empresas
Da mesma forma, existem novas empresas surgindo a todo tempo, pois o avanço tecnológico criou paradigmas complexos, que exigem o suprimento de demandas específicas.
Afinal, estamos na chamada economia dos nichos, termo do economista Chris Anderson, em que as companhias podem oferecer estantes infinitas de produtos específicos, sem limitações de estoque.
Assim, temos uma economia cada vez mais voltada a solucionar demandas específicas, de nicho. Esse movimento inclui o uso de tecnologia em diversos segmentos para lidar com cenários distintos: no setor imobiliário, na educação, no financeiro etc.
Em outros casos, empresas surgem no ambiente online, oferecendo produtos meramente digitais, como um software como serviço (SaaS). Nesse sentido, destaca-se a falta de necessidade de espaço físico e infraestrutura para ofertar valor aos clientes, buscando os princípios que eles valorizam, como agilidade, personalização e mobilidade.
Da mesma forma que surgem organizações, outras estão se adaptando. Isso abarca o maior investimento em tecnologias novas e busca por soluções de otimização dos processos e do desempenho.
Esse aspecto está relacionado com a ideia da mudança das relações de consumo e com o conceito de darwinismo digital — que prega que a adaptação é uma questão de sobrevivência no mercado.
2. O funcionamento da economia digital
A economia digital, como o próprio nome já deixa claro, está baseada na adoção das tecnologias digitais no seu dia a dia. Contudo, isso deve ser feito de forma inteligente e estratégica, com base na integração de 4 forças importantes da TI:
- fluxo de informação contínuo;
- mobilidade incentivada no ambiente organizacional;
- uso das redes sociais como forma de trazer o cliente para a empresa;
- computação em nuvem, seja para o armazenamento, seja para uso de soluções nesse ambiente.
Assim, a economia digital surge com a proposta de funcionar dentro de uma nova dinâmica de mercado, integradora, inovadora e arrojada, transformando o dia a dia dos usuários.
Muitas das mudanças desse novo cenário já estão incorporadas em nossa rotina. O uso de aplicativos de transporte e de delivery, a criação de carteiras digitais, a popularização do e-commerce e o crescente uso dos Certificados Digitais, entre outros, são exemplos bastante interessantes de como essa nova forma de economia transforma o nosso cotidiano.
Assim, os gestores devem estar atentos para a integração dos diversos recursos tecnológicos no ambiente organizacional, sendo utilizados de forma integrada, investindo em processos internos feitos por esse meio e apostando em produtos e serviços digitais, que cada vez mais mudam nossa rotina.
3. Os principais pilares da economia digital
A economia digital possui alguns pilares importantes, que a sustentam como tal e fazem com que ela avance cada vez mais. Assim, para entrar nesse cenário e entender as novas tendências e demandas, é fundamental saber como funciona esse conceito. Mostraremos mais detalhes, a seguir.
Conectividade
Esse é um dos pilares de base da economia digital. Afinal, se o negócio não prioriza uma conectividade de qualidade, dificilmente conseguirá se inserir nesse novo mercado de forma genuína.
Por exemplo, se as empresas não estão atentas às conexões de melhor qualidade, como a 5G, perderão os benefícios que esse novo padrão trará para os empreendimentos.
Isso porque a conectividade impede gargalos de comunicação, garante agilidade nos processos e minimiza a possibilidade de problemas com clientes, além de garantir a estabilidade do seu site e dos serviços online. Por isso, esse é um pilar que não pode ser deixado de lado, pois ele auxilia a nortear os demais.
Pense nas empresas que investem em produtos e serviços essencialmente digitais (como apps mobile, venda de infoprodutos, e-commerce e plataformas de streaming). Sem uma conexão de qualidade, a experiência do usuário fica consideravelmente comprometida, podendo afastar o seu potencial cliente do seu negócio.
Segurança da informação
Se a sua empresa ainda não investe de forma robusta em segurança da informação, pode incorrer em sérios problemas para ser incorporada na economia digital.
Como estamos cada vez mais conectados (tal como vimos no pilar anterior), os dados gerados nesses processos chamam a atenção dos cibercriminosos, o que coloca em xeque a privacidade da companhia e dos seus próprios clientes.
Por isso, é importante fazer o dever de casa e trazer especialistas para seu negócio, a fim de que possam contribuir positivamente para a proteção das informações. Eles serão responsáveis pela adoção de protocolos, ferramentas e mecanismos de segurança importantes para esse fim.
Lembre-se de que a privacidade é um valor cada vez mais incentivado nas discussões sobre tecnologia e valorizado pelo usuário, que toma isso como um diferencial ao escolher uma empresa para comprar seu produto ou contratar serviços.
Não é à toa, por exemplo, que a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) foi criada, pois havia uma demanda crescente para que ações dessa natureza fossem tomadas.
Assim como o avanço é importante, é fundamental se preocupar com os limites dele e prezar pela proteção de dados. Isso representa menos problemas para a reputação de uma empresa, custos menores, redução das indenizações e menor desconfiança por parte dos clientes.
Excelência na realização de tarefas
Cada vez mais, as empresas precisam se preparar para futuros mais competitivos e, consequentemente, que tenham menos margem para erros.
Portanto, um dos pilares da economia digital é conseguir implementar excelência na realização de tarefas do dia a dia. Para isso, alguns pontos que podem auxiliá-lo são:
- estar atento às novas tecnologias e tendências (como a Internet das Coisas, a conexão 5G e as ferramentas de Machine Learning mais robustas);
- investir em automação de tarefas;
- treinar equipes para lidar com o novo cenário da economia digital;
- adotar modelos de inovação que favoreçam a excelência no dia a dia;
- utilizar metodologias ágeis.
Digitalização
Outro pilar importante é, justamente, a digitalização, que consiste em utilizar tecnologias para automatizar processos, tornando-os online. Esse novo paradigma elimina a burocracia de lidar com materiais físicos, registros de papel, planilhas e operações manuais.
A automação é uma regra implícita nesse novo universo. Computadores estão sendo cada vez mais usados para resolver problemas repetitivos e burocráticos, a fim de proporcionar otimização dos processos internos e liberar funcionários para funções mais estratégicas. Desse modo, a empresa ainda ganha com maior precisão e estabilidade.
Essa passagem é fundamental para tornar os processos internos dos negócios mais eficientes, reduzir custos e garantir maior eficiência no dia a dia. Por exemplo, a passagem dos processos de elaboração de documentos no modelo físico para o formato digital insere a empresa nesse novo cenário.
Quando os documentos, contratos e informações já são inseridos no contexto digital, é possível que esses dados sejam analisados por meio de Data Analytics e, assim, possam contribuir para análises mais inteligentes, robustas e eficientes sobre a atual situação do negócio. Com isso, garante-se tomadas de decisões melhor embasadas e mais eficientes.
Análise e inteligência de dados
Outra questão é a análise de dados. O mundo online também é caracterizado por uma intensa geração de informações, em grande volume e em tempo real. Basicamente, toda vez que um sistema computacional é utilizado, dados são produzidos e ficam disponíveis em algum lugar.
A análise compreende a inteligência para buscar esses dados brutos e realizar minerações em busca de padrões e correlações inteligentes, a fim de gerar insights de negócio. Essas ideias são fortemente estratégicas e são usadas para otimizar as decisões empresariais.
As empresas que adotam inteligência de dados para trabalhar internamente conseguem se adequar mais facilmente ao novo cenário. Afinal, as informações, quando utilizadas de forma adequada, podem auxiliar em tomadas de decisões mais eficientes, uma análise de mercado mais precisa, além de uma série de outros benefícios fundamentais para a sobrevivência e o crescimento nesse novo cenário.
Assim, a inteligência de dados insere-se nesse contexto, atuando de forma a impactar diretamente o resultado dos negócios. Os benefícios conquistados por meio desse pilar importante são:
- garantir maior competitividade no mercado, já que é possível analisar, em tempo real, as informações do seu negócio e de concorrentes;
- melhorar o desempenho, já que possibilita a análise das métricas de performance e a identificação rápida dos pontos de atenção que merecem intervenção imediata;
- aprimorar o alinhamento estratégico, alavancando as capacidades do negócio com base em evidências, e não achismos e intuições.
Integração de informações
Na economia do mundo virtual, é importante saber integrar e concentrar informações. Afinal, esse aspecto gera eficiência e agilidade nos processos.
Nesse sentido, a integração de sistemas e de equipes internas é imprescindível para que as empresas consigam se comunicar melhor internamente e com os seus clientes, eliminando barreiras e gargalos.
Afinal, como falei ao longo deste tópico, os dados são vitais para o crescimento das organizações dentro da economia digital e, por isso, eles devem ter livre fluxo no dia a dia.
Gargalos e burocracias podem dificultar o trabalho dos colaboradores e gestores, minimizando os benefícios desse novo cenário e, até mesmo, colocando a organização em xeque.
Por exemplo, se há dificuldade de fazer com que os dados dos setores de vendas e de marketing transitem entre eles, as chances de que o número de conversões caia e não seja possível intervir a tempo em um cenário de crise são muito grandes. Por isso, esse é um pilar que merece atenção.
4. Os desafios para o segmento
Diante desse novo momento, alguns desafios surgem. Um deles é a dificuldade de acompanhar as mudanças, já que elas são muito rápidas e dinâmicas. Afinal, os cenários estão sempre sendo alterados, pois novas tecnologias aparecem no mercado com uma alta frequência.
Encontrar profissionais dinâmicos e multidisciplinares para atender às demandas do mundo moderno também é um desafio.
Para alguns gestores, tem sido difícil preencher seus times com pessoas capazes de entender a linguagem atual e os padrões do digital. Outra barreira grande a ser ultrapassada é a adaptação dos membros já existentes nas equipes, o que requer uma profunda mudança de visão deles.
Da mesma forma, uma dificuldade comum é a necessidade de investimento para adaptar o negócio à transformação. Muitas empresas não sabem como fazer isso e como otimizar seus processos de forma concreta.
É preciso, então, contar com uma visão mais ampla sobre o que é necessário e importante, inclusive com filtro do que é relevante para cada negócio em específico.
5. Os impactos positivos da economia digital
Quais são os impactos dessas tecnologias e da aplicação dos conceitos e pilares da economia digital? Veja a seguir.
Agilidade e flexibilidade
Ao investir em análise de dados, automação, integração, mudanças de visão e segurança, as empresas ganham maior capacidade de se adaptarem de acordo com o mercado e enfrentar as crises e os momentos difíceis.
Assim, é possível seguir com eficiência, continuar entregando valor para os clientes e sobreviver em meio à concorrência.
Inovação contínua
Os pilares da economia digital dão suporte para que as companhias continuem investindo em inovação e revolucionando os seus processos e modelos de negócio para crescer.
Melhores decisões
Outro impacto positivo é que as empresas conseguem tomar decisões mais acertadas, a fim de impulsionar o crescimento.
Isso porque a análise de dados oferece o apoio para realizar escolhas mais adequadas e tomar ações estratégicas, que ajudam a otimizar o dia a dia, aumentar os lucros e avaliar a performance dos sistemas usados internamente.
Afinal, há mais informação para cada decisão, o que ajuda a diminuir o risco e orienta os gestores a escolher a opção que maximiza os benefícios.
Redução de custos
Por fim, vale mencionar a redução de custos proveniente dos investimentos em automação e da menor necessidade de contratações para trabalhos burocráticos. Do mesmo modo, a empresa ganha maior estabilidade para seguir no mercado.
A economia digital carrega uma série de conceitos e pilares. Criou novos mercados, revolucionou os antigos e mudou a visão dos consumidores. Por isso, é importante entender como se adaptar a esse fenômeno e o que fazer para manter as empresas competitivas e fortes. A adaptação inclui investimento em automação, integração, segurança e maior transparência para tomada de decisão.
Para auxiliar você nesse processo de transformação, é importante contar com parceiros especializados em inovação e evolução de software, como a Datum TI. Entre em contato e saiba mais sobre como podemos ajudar no crescimento do seu negócio nesse cenário.