A pandemia do novo coronavírus trouxe uma série de desafios a serem enfrentados que eram inesperados até então, principalmente para o setor de tecnologia. Afinal, para realizar a adaptação para o home office de forma consistente e ágil, minimizando possíveis prejuízos e problemas, é preciso ter uma liderança firme, capaz de solucionar essas questões.
Pensando nisso, criamos este conteúdo especial em parceria com Carine Bruxel, Head of Operations da Datum TI, para mostrar o papel do líder de tecnologia nas organizações. Além de apontar os desafios do momento, Carine explica de que forma essa pessoa precisa atuar para conseguir melhores resultados nesse cenário, auxiliando na retomada econômica da empresa. Confira!
Os desafios impostos pela pandemia
O isolamento social é uma das facetas da pandemia, mas não a única. A crise econômica e a necessidade de repensar toda a dinâmica das empresas vieram acompanhadas de outros desafios, a começar pela própria mescla do ambiente de trabalho com a vida pessoal.
O home office é a principal estratégia para diversos setores do mercado — e suas particularidades vão muito além do que notamos à primeira vista.
As empresas estão percebendo, por exemplo, que o desempenho não é necessariamente um problema. Segundo a Forbes, os dados indicam uma melhora de cerca de 47% na produtividade.
Contudo, não basta transferir os funcionários para casa e esperar que os resultados venham. Como explica a Head of Operations da Datum TI, é preciso “esvaziar o copo para dar espaço ao desconhecido”.
Carine Bruxel é objetiva: “larguei minha mochila de repertórios, conceitos e anos de liderança, e troquei por um tantão de sensibilidade, coragem e coração aberto”. Afinal, não se trata apenas de uma mudança estratégica e logística; é preciso ter em mente que todas as pessoas estão passando por momentos desafiadores, muitas vezes bem difíceis.
Somado a isso, tudo indica que será preciso lidar com um novo comportamento do consumidor, instabilidades econômicas e, é claro, relações com outras empresas que também estarão navegando em um mar de incertezas. Qual é, então, o papel do líder de tecnologia nesse cenário?
A liderança em tecnologia
Mesmo antes da pandemia, era possível observar que vivíamos em um momento profundamente marcado pela transformação digital.
A tecnologia desempenha um papel importante em nossas vidas — seja no ambiente doméstico, seja no profissional. A própria dinâmica da produção industrial e as relações comerciais entre as organizações giram em torno das possibilidades inovadoras e dos limites tecnológicos.
Uma particularidade do cenário atual é que ele expandiu a urgência pela implementação de certos recursos. A digitalização de atividades, como as aulas, as reuniões corporativas e a própria execução de certas tarefas, colocou o CIO em posição de destaque: cada vez mais pessoas recorrem a ele na busca de soluções para seus problemas — e é preciso responder a essa demanda.
Se a pandemia exige mais home office, é preciso garantir que a sua adoção seja feita com sucesso. “Trabalhar remoto pressupõe clareza, organização e visibilidade em nível hard”, explica Carine. “Crie rotinas, estruture rituais, estipule prazos, desenhe workflows e roadmaps, e exagere na visibilidade até dar certo”, ela complementa.
O momento é de complexidade, mas a matemática aqui é simples: é preciso tirar máximo proveito da tecnologia para desfrutar dos pontos positivos e reduzir tanto quanto possível os impactos negativos, o que significa que o líder de tecnologia deve tomar a dianteira, sendo referência até mesmo para os outros cargos de liderança.
Vejamos o que a Head of Operations da Datum TI sugere para que isso seja feito.
As melhores práticas de um líder de tecnologia
Para começar, Carine explica que não há uma fórmula mágica: é preciso estar atento às particularidades de cada situação. As dicas a seguir são fruto de muita observação, uma tentativa de compreender o que vem dando certo e errado na liderança ao longo dos meses de pandemia. Vamos a elas!
Tire a culpa da equação
Carine aponta que trabalhar em casa traz uma série de desafios, o que exige sensibilidade por parte de quem lidera. “Deixe as pessoas confortáveis com os imprevistos”, ela diz, “estamos entrando na intimidade dos nossos times (…). Deixe fluir, permita que todo o resto faça parte do contexto”.
Demonstrar que se importa também é fundamental. Perguntar como foi o dia da pessoa, por exemplo, é “mais importante do que parece (…). Seja empático. Ambientes afetivos são os mais efetivos”.
Promova o pertencer
“Pertencimento é um mecanismo de sobrevivência”, lembra Carine. O fato é que vivemos e fazemos a maior parte de nossas atividades em grupo, seja com objetivos que foquem o bem da família, seja para o sucesso da equipe de trabalho. Então, é importante se sentir parte de algo — e o líder precisa ajudar.
“Como? Por meio da boa e velha comunicação. Comunique sonhos, resultados, ideias, conquistas e derrotas – traga os times para a busca de soluções, envolva as pessoas”. Isso passa diretamente por outra dica de Carine: criar um propósito.
“Use paixão e boas ideias para liderar, ao contrário de ameaças e burocracia para gerenciá-las“, ela explica. Um trabalho que usa os elogios com inteligência e economiza nas críticas tende a elevar a moral da equipe, o que também é benéfico para a produtividade.
Inspire e dê feedbacks
“Não estamos mais juntos em salas envidraçadas, cheias de postites e com puffs coloridos que instigam a criatividade”, diz Carine. Ainda assim, é preciso ser mais criativo do que nunca. “Se perdermos a capacidade de sonhar, paramos de avançar. Priorize sonhar o futuro, imaginar o ‘what if’, ouvir ideias bobas e transformá-las em incríveis”, complementa.
Além disso, o cenário atual é propício para mal-entendidos. Então, “seja prudente”, Carine aconselha. “Escute seu time, escute sua empresa, abra canais e espaços de trocas, pergunte e queira ouvir. O feedback é o farol de milha para essa neblina fechada”.
Por fim, Carine destaca que o líder deve tomar posições para indicar o caminho — já que ele continua sendo uma referência estratégica —, além de “estar disponível”, verbalizando isso. “as pessoas não estão te enxergando, não sabem dos seus compromissos e podem recear incomodar, tomar seu tempo ou ser inoportuno. Ajude-as a ‘chegar perto'”.
“Já estamos afastados o suficiente, vivemos tempos de praticar a proximidade”, ela conclui.
Essas são dicas fundamentais para qualquer líder de tecnologia que tenha como objetivo promover um trabalho eficiente e saudável para sua equipe na conjuntura atual. Então, coloque-as em prática e veja os benefícios que sua empresa e seus colaboradores podem conquistar!
Se quer superar os desafios do home office com mais tranquilidade, entre em contato com a Datum TI e fale com quem é referência em inovação!