As fases do ciclo de vida do software são responsáveis por indicar a profissionais todas as etapas relacionadas aos processos de concepção, criação, teste, distribuição e atualização de uma solução de TI. Essa segmentação facilita a verificação das rotinas de desenvolvimento até que a aplicação seja trocada por uma mais moderna.
Em outras palavras, o ciclo de vida do software é um importante mecanismo para o gestor garantir que, em todas as etapas, os profissionais terão executado um trabalho dentro das expectativas vigentes. A partir desse trabalho, problemas e prejuízos podem ser evitados.
Afinal de contas, eventuais erros serão detectados rapidamente, reduzindo as chances de os impactos serem altos. Para entender melhor continue a leitura! Trouxe alguns pontos que devem ser considerados quando pensamos a estrutura do ciclo de vida do desenvolvimento de um software!
O que é o ciclo de vida do software
Antes de tudo, vamos definir do que se trata o ciclo de vida. Podemos dizer que esse termo é uma estrutura, que contém uma série de processos que levam desde a concepção de uma ideia, até a sua entrega final, encerramento ou monitoramento.
Quando falamos em software, sistemas da informação, essa definição abrange todo o processo de criação, partindo do brainstorm inicial e definição, passando pelo desenvolvimento, a aplicação do sistema e seu encerramento ou abandono.
Sempre que se opta pelo desenvolvimento de uma nova ferramenta de software, o primeiro passo é definir o modelo de ciclo de vida a ser aplicado, encontrando assim a melhor maneira de atender aos requisitos do cliente, estabelecendo datas de entrega e demandas a serem cumpridas.
Já o processo de software, outra expressão muito utilizada dentro desse contexto, reúne o conjunto de atividades de desenvolvimento de um sistema. Todas essas atividades são reunidas em fases que compõe o ciclo de vida do software.
Cada uma dessas fases são bem definidas, com início, meio, fim, objetivos e responsabilidades. Tendo um grupo de colaboradores específicos responsáveis pela sua realização.
Cada processo de software dentro do ciclo de vida tem sua ordem definida, uma vez que algumas atividades só podem acontecer depois que outras foram finalizadas e cada um dos processos tem uma entrega bem definida com prazos para acontecer.
Conforme o mercado de software se estabeleceu, determinados processos e modelos se popularizaram devido a melhor organização das atividades de desenvolvimento. Isso criou o padrão e os modelos utilizados hoje para definir e organizar o ciclo de vida do software.
Quais as fases do ciclo de vida do software
Existem variados modelos de ciclo de vida do software, vamos falar acerca deles mais adiante, porém, mesmo que a aplicação possa ser realizada de diversas formas, temos fases que são comuns e necessárias para a criação de sistemas de informação. Vamos listar cada uma delas.
Fase de concepção
Em um primeiro momento, existe uma ideia, a concepção de que determinada atividade poderia ser melhorada por meio da aplicação de uma ferramenta de software, ou certa demanda poderia ser suprida por um sistema.
Nem todas as ideais acabam por ser aplicadas. Alguns se mostram inviáveis em determinados momentos, ou incapazes de entregar o retorno esperado. Contudo, todo sistema, antes de existir, foi concebido como uma ideia simples que, a partir daí, foi melhor trabalhada e empregada.
Fase de requisitos
Antes mesmo que a primeira linha de código seja escrita, nós temos a fase de coleta de requisitos, em que a ideia inicial é dissecada em funcionalidades, e cada uma dessas funcionalidades é tratada de forma separada.
Aqui, o analista se reúne com o cliente direto daquele sistema para entender quais são as suas demandas, como deve funcionar cada uma das partes do sistema e transcreve toda essa informação para os desenvolvedores.
Fase de projeto
Com os requisitos em mãos, o arquiteto de sistemas começa a projetar todas as funcionalidades, as entradas de dados, saídas esperadas, possíveis erros, interface da aplicação, prototipação e todas as demais atividades a serem realizadas e as entregas necessárias.
É aqui também que temos o desenho das tabelas de dados, como serão armazenadas as informações, todos os relacionamentos e a melhor maneira de interagir com essa informação toda. É possível que o cliente seja consultado durante essa fase para concordar com determinadas opções e possibilidades.
Fase de implementação
A fase de implementação é quando o código é realmente escrito, com base nos documentos criados a partir do levantamento de requisitos e criação de projeto.
Na maioria das empresas, o desenvolvedor não tem um contato direto com o cliente, é necessário um intermediário, que é o analista de requisitos, que está apto a falar as duas línguas, entender a demanda do cliente e repassar aos desenvolvedores.
Fase de testes
A fase de testes é muito importante, pois se trata de uma validação entre o que foi realizado durante a implementação e aquilo que foi desenhado no projeto e os requisitos do cliente.
Uma boa fase de testes é fundamental para evitar erros após a entrega e retrabalho, uma vez que sempre que algum problema é detectado durante o uso da aplicação, o código deve ser todo repassado e determinadas funções reescritas.
Fase de produção
Na fase de produção nós temos a implantação do sistema criado em todas as fases anteriores, sendo que o cliente terá o contato direto com a aplicação e passará a utilizá-la em seu dia a dia.
Fase de monitoramento
A entrega final não encerra o ciclo de vida de um software. O monitoramento contínuo, o suporte e a implementação de novas funcionalidades é algo comum. É o que chamamos de comportamento incremental.
Muitas empresas de software trabalham dessa forma hoje, entregando um pequeno pacote inicial, com funcionalidades básicas, e incrementando ao longo do tempo com novas funções para atender diferentes demandas.
Cada uma dessas entregas passa exatamente por essas mesmas fases, até a entrega e monitoramento, sendo um ciclo contínuo ao longo do tempo, até que um incentivo interno ou externo leve ao encerramento do projeto.
Quais os modelos de ciclo de vida de software
Agora que você já conhece as fases do ciclo de vida do software, vamos repassar de forma rápida quais os principais modelos que podem ser aplicados.
Modelo cascata
Não tão comum hoje, o modelo cascata tem as suas fases muito bem definidas e acontecem uma vez só ao longo do projeto.
Todas as fases são separadas e sequenciais, sendo que o desenvolvimento das aplicações não repete ações ao longo do tempo. A entrega é realizada uma única vez, ao final do projeto.
Modelo espiral
É o modelo utilizado para sistemas entregues em versões de melhorias, na qual há sempre uma análise do que pode ser melhorado dentro da última entrega.
Aqui, não se foca em novas funcionalidades, como no incremental, mas, a cada nova entrega, tornar o software melhor naquilo que faz, seja pela mudança em funcionalidades já existentes, alterações de layout ou melhoria da velocidade.
Modelo incremental
Muito popular hoje, o modelo incremental nada mais é que um desenvolvimento e entrega de sistema por partes. Inicia-se o projeto com um escopo básico e mínimo, e ao longo do tempo, conforme as entregas, traz-se novas funcionalidades para o sistema.
Essas novas funcionalidades são planejadas e inseridas conforme a prioridade apresentada pelos clientes. Aquilo que eles acham mais importante, é desenvolvido primeiro.
Quais as principais observações acerca do ciclo de vida do software
1. Saiba analisar o ciclo de vida dos softwares
Conseguir trabalhar com o CVDS envolve, principalmente, a compreensão de cada uma das etapas existentes. Isso auxilia o gestor a definir prazos e a validar estratégias. Ao mesmo tempo, torna a modulação da equipe mais robusta e alinhada com as expectativas existentes.
Esse conhecimento, aliás, deve ser validado com toda a equipe. Assim como o gestor, os profissionais devem ter amplo conhecimento sobre cada uma das etapas existentes. Assim, eles podem compreender as decisões dos gestores e se engajar de modo profundo na busca das metas propostas.
2. Entenda quais são as partes principais
Ciclos de vida de software, em geral, são moldados a partir de três grandes etapas. Elas devem ser executadas com uma avaliação contínua da performance. Isso evita que falhas se perpetuem e más práticas sejam mantidas.
Veja, a seguir, as três etapas principais do CVDS!
2.1. Definição
Esse é o momento fundamental do projeto de desenvolvimento. Nele, são definidos os requisitos mínimos, o modelo de CVDS que será adotado e a viabilidade das ideias apresentadas. Assim, o planejamento se torna mais abrangente e robusto.
2.2. Desenvolvimento
Nesse momento, os times “colocam a mão na massa” e começam a executar as rotinas de design, prototipagem, testes e codificação. Essa etapa pode terminar com a entrega de um Minimum Viable Product (Produto Mínimo Viável) ou o software completamente funcional. O importante, porém, é que tudo seja feito com o maior foco em performance possível.
2.3. Operação
É virtualmente impossível garantir que o software seja entregue sem bugs ou brechas de segurança. Uma vez que ele esteja nas mãos dos usuários, portanto, o gestor deve se manter atento a logs de uso. Dessa maneira, as equipes poderão definir mudanças, atualizações de segurança e novas funcionalidades que sejam capazes de atender às necessidades de todos.
3. Veja quais são os principais modelos de CVDS
Existem diferentes modelos de ciclo de vida e desenvolvimento de sistemas. Conhecer os principais ajuda a equipe a ficar mais orientada aos resultados. Assim, o trabalho terá mais qualidade e menos chances de gerar algum tipo de prejuízo. Confira, a seguir!
3.1. Cascata
Esse modelo foi criado na década de 1970. Ele restringe o começo de uma etapa ao término da anterior. O cliente terá acesso apenas a uma versão completamente funcional do aplicativo e há pouco espaço para mudanças ao longo do ciclo de vida.
3.2. Incremental
Essa forma trabalha com uma entrega contínua de recursos. A aplicação é refinada continuamente. Porém, cada recurso é feito de modo linear, ou seja, é apresentado para o usuário o planejamento funcional.
3.3. Evolutivo
O modelo evolutivo abre mais espaço para mudanças. As entregas são feitas com base em requisitos e sempre contam com o feedback do usuário. Assim, os times podem se adaptar rapidamente a novos cenários.
4. Conheça as ferramentas que podem ser utilizadas para gerenciar o CVDS
A tecnologia pode ser de grande ajuda para os gestores de TI. Por isso, não deixe de conhecer quais ferramentas podem ser utilizadas para gerenciar o CVDS. Assim, você conseguirá acompanhar todas as rotinas de modo centralizado.
Uma boa ferramenta de gerenciamento facilita a documentação de etapas, requisitos e indicadores. Ao mesmo tempo, torna o compartilhamento de dados mais prático. Com isso, os times podem executar as suas atividades com uma performance contínua.
5. Saiba quando pedir apoio especializado
O outsourcing de TI pode ajudar empresas em várias etapas do ciclo de vida de desenvolvimento de softwares. Investindo na terceirização, por exemplo, a companhia garante que a sua equipe será capaz de concluir tudo dentro dos prazos.
Da mesma maneira, ela poderá diminuir riscos de segurança e eventuais prejuízos. Esses ganhos são possíveis porque profissionais de outsourcing trabalham alinhados com as principais tendências do mercado.
As decisões tomadas ao longo do CVDS, portanto, terão muito mais habilidade de inovar e colocar o usuário à frente de uma aplicação robusta e moderna. Ou seja, garante que a ferramenta será mais utilizada e aproveitada por completo.
6. Entenda quais são as atividades que fazem parte do ciclo de vida
Saber quais são as atividades que devem ser executadas ao longo do ciclo de desenvolvimento é algo tão importante quanto descobrir qual modelo seguir. As mais frequentes são as seguintes:
- definição dos objetivos do projeto e das etapas;
- análise das necessidades do usuário;
- identificação da viabilidade do projeto;
- concepção geral das etapas;
- codificação;
- testes de recursos e de segurança;
- integração de elementos;
- documentação de requisitos, etapas e resultados;
- manutenção do sistema;
- distribuição do software;
- encerramento do ciclo de vida.
Manter softwares funcionais e alinhados com as demandas dos usuários é um grande desafio. Todos os envolvidos com a atividade devem estar atentos para reduzir continuamente o número de bugs e brechas de segurança. Ao mesmo tempo, precisam ficar atentos para manter as funcionalidades em dia com as tendências de TI atuais.
O controle e a gestão do sistema por meio do ciclo de vida do software são uma ótima forma de garantir precisão em cada um desses pontos. O gestor poderá avaliar, de modo preciso, quais são os processos que devem ser feitos para agregar valor à ferramenta. Além disso, conseguirá identificar se existem pontos a serem otimizados e aplicar as mudanças rapidamente.
Por isso, não deixe de investir na aplicação correta das fases do ciclo de vida do software. O apoio do CVDS dará mais valor agregado para todas as escolhas feitas pela equipe. Assim, o uso do sistema será sempre acompanhado de uma experiência de uso de ponta.
Para manter-se informado, não deixe de assinar a nossa newsletter para mais conteúdos como este!